domingo, 20 de outubro de 2013

Missa de sétimo dia é realizada pelos irmãos mortos em batida em Ondina

Cerimônia aconteceu em igreja situada no mesmo bairro do acidente. Médica foi indiciada por duplo homicídio triplamente qualificado.
Casal de irmãos (Foto: Reprodução / Facebook)
 
Foi realizada no fim da tarde deste domingo (20) a missa de sétimo dia dos irmãos Emanuel e Emanuele Dias, mortos após o carro conduzido pela médica Kátia Vargas Pereira bater na moto em que eles estavam. O acidente aconteceu no bairro de Ondina, orla de Salvador, na sexta-feira (11), perto da igreja onde a missa foi celebrada.
A delegada Jussara de Souza, da 7ª delegacia, indiciou a oftalmologista por duplo homicídio triplamente qualificado.
O inquérito do caso foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público na sexta-feira (18).
"O inquérito foi encaminhado Ministério Público, que vai ofercer a denúncia à Justiça. A partir daí vai ser iniciada a ação penal", explicou a delegada. A médica suspeita recebeu alta do Hospital Aliança, após seis dias, e foi encaminhada para o presídio.
'Choque'
"Ela está catatônica. Está em estado de choque. Ela não tinha a mínima possibilidade de prestar depoimento. Estava aérea. Não sei se por causa dos medicamentos", afirmou o promotor do Ministério Público da Bahia, David Gallo, após a médica chegar ao presídio.
"Nossa intenção é que ela fique presa", completou, em entrevista concedida na porta do complexo penitenciário após uma "tentativa de depoimento". Segundo o promotor, a médica respondeu apenas perguntas básicas sobre ela, como nome, endereço, mas não falou a respeito da batida que matou os dois irmãos no bairro de Ondina.
O advogado da suspeita pediu respeito durante as investigações. "Infelizmente, ainda não posso falar sobre esse processo porque ele está em tramitação. A gente precisa ter respeito aos mortos, às familias dos mortos, à família da minha cliente que está sofrendo muito e à minha cliente. Ninguém pode ser tachado de culpado sem que o processo tenha terminado" afirmou o advogado Vivaldo Amaral.
O advogado dela manteve a confiança na absolvição da médica. "Não estranhe se ao final desse processo, depois de alguns anos, as pessoas que crucificaram minha cliente peçam desculpa. Fatos novos virão e eu tenho certeza que vamos reverter essa situação", conclui.
Daniel Keller, advogado da família das vítimas, afirma que confia na Justiça e na condenação da mulher. "A prisão foi o primeiro objetivo da família e hoje ela está presa. A expectativa é que ela continue presa enquanto aguarda julgamento. Acreditamos na Justiça, no Poder Judiciário", diz. A delegada Jussara Souza não falou com a imprensa.

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