segunda-feira, 8 de julho de 2013

Hospital distante 330 km de Macururé está em crise.

Macururé que sempre precisa do Hospital Geral Clériston Andrade em Feira de Santana, pode ser prejudicado com essa situação.



Emergência do Hospital Clériston Andrade

Targino compara HGCA a 'campo de concentração'

Foto: Targino Machado

Deputado disse que o Hospital Geral Clériston Andrade parece "campo de concentração nazista"
Embora tenha sido ameaçado de processo pelo governador Jaques Wagner e alvo de representação por quebra de decoro parlamentar pelos colegas da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Targino Machado (PSC) não deixou de lado as declarações polêmicas. Em visita ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, nesta quinta-feira (8), o parlamentar tirou fotos do local e o comparou a situação dos pacientes com a dos judeus nos "campos de concentração nazistas", durante a Segunda Guerra Mundial.

Parlamentares ligados a Feira de Santana e que são membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (AL) estão preocupados com a crise que se abate sobre o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Médicos que atuam na Emergência Clínica e Cirúrgica do hospital entregaram uma carta à diretoria geral da unidade na quinta-feira (14), onde sugerem o fechamento temporário da emergência do HGCA por conta da superlotação no local.

Conforme a vice-presidente da comissão da AL, Graça Pimenta (PR), a paralisação da emergência pode gerar transtornos na Rede Própria de Saúde de Feira de Santana. "As seis policlínicas feirenses já atendem por dia cerca de 250 pacientes de nossa cidade e de municípios da região, que muitas vezes nem são pactuadas com a Secretaria de Saúde feirense. Com o fechamento, mesmo temporário, da emergência do HGCA, as policlínicas também poderão ser superlotadas. O governo estadual tem que tomar providências antes que a situação se torne mais grave", cobra a parlamentar.

No documento entregue no HGCA, os profissionais solicitaram ainda as ampliações do espaço físico, do número de aparelhos de suporte para pacientes graves e da quantidade de profissionais nos setores de emergência. O acréscimo do número de leitos na enfermaria e nas unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e semi-intensivo também foi solicitado pelos profissionais.

O presidente da comissão da AL, deputado José de Arimatéia, acredita que a ocasião requer empenho dos poderes públicos. "A situação é preocupante. O momento pede a união de forças dos governos municipal e estadual. Também é preciso estudar e ampliar o HGCA", diz o parlamentar.

O secretário de Saúde de Feira de Santana, Getúlio Barbosa, está em Salvador, onde foi participar de uma reunião com o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla.

 O Hospital Geral Clériston Andrade encontra-se com uma quantidade de pacientes que supera a sua capacidade em 120 ou 130 por cento, segundo estimativa do vereador Justiniano França.

Devido a essa situação, a unidade tem que acomodar doentes no corredor da emergência, segundo ele.

A discussão surgiu a partir da abordagem da morte de uma mulher, que se encontrava no corredor e morreu vítima de um infarto, ao assustar-se com uma ação de policiais contra um homem que chegava ao hospital para receber atendimento médico.

Ele defende que o Estado invista na construção de mais um hospital geral na cidade, tendo em vista que Feira de Santana recebe pacientes de dezenas de municípios da macro-região.

Para Justiniano, se os leitos estão lotados, os corredores e macas improvisadas são a alternativa. "Se o hospital não receber as pessoas que vem de outros municípios, quem vai receber?" questiona.         

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