Assassinato cruel José Cosme e sua filha. Macururé fez parte de sua vida.

Foto: Reprodução Facebook

Julyana Barros, 5, levou cinco tiros na cabeça enquanto estava no colo da mãe, e faleceu / Foto: Divulgação

Duas pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida, ontem (9), em Jundiapeba, vítimas de assassinato. A criança, Julyana Barros, de cinco anos e o pai dela, o sindicalista José Cosme Barros, 63 anos não resistiram aos disparos de uma pistola 9 milímetros feitos por um homem no ponto de ônibus da Avenida Lourenço de Souza Franco, em frente ao Motel Golf. Já a mãe da menina, Naircleide Dias Duarte, 28 anos, sobreviveu e está internada no Hospital das Clínicas Luzia de Milho Melo, em estado grave.

De acordo com o delegado César Donizete Benedicto, que estava de sobreaviso na Seccional de Mogi das Cruzes, o crime aconteceu às 10h55. Pelo que contaram à Polícia Civil o motorista do ônibus José Carlos da Silva e o cobrador Cledson da Silva Nazaré, ao aproximar o coletivo do ponto, eles viram que pai, mãe e filha correram e deram sinal para que o veículo parasse. Já estava no local um homem, sentado no banco com uma mochila ao lado.

“Quando o ônibus parou, o assassino levantou e perguntou para Naircleide `se ela era fulana de tal`, recebendo resposta negativa. Em seguida, ele sacou a arma, mas o marido dela, José Cosme bateu no braço do bandido que derrubou a pistola ao chão. Os dois entraram em luta corporal, mas o marginal foi mais rápido, pegou a arma e deu dois tiros na cabeça de Barros, que morreu imediatamente. Depois, ele se voltou para mãe e filha, que estava no colo, e que tentavam subir a escada do coletivo. A Naircleide implorou para que ele não matasse a menina, mas ele atirou cinco ou seis vezes na criança, também na região da cabeça e, em seguida, desferiu três tiros no peito da mãe. Não contente, ainda bateu muito com a arma na cabeça da mulher. A Julyana morreu no hospital. A mãe foi levada para o SUS e está em estado grave”, contou o delegado. (Sabrina Pacca)

Polícia Militar e a família da criança, a menina de 5 anos morreu a caminho para o hospital.

 

Caso será registrado no 2º Distrito Policial de Mogi
das Cruzes (Foto: G1)

Muitos curiosos acompanharam o trabalho da perícia no local do crime. A polícia encontrou carteira com um grande volume de dinheiro, tablet, documentos e outros pertences das vítimas, que foram apreendidos para investigação. O trânsito ficou interditado na avenida no sentido centro e foi liberado por volta do 12h40. “Estou chocada. Eu conhecia de vista as vítimas, porque eles moravam na rua de trás da minha casa. O bairro está bem perigoso”, contou a doméstica Dirce Carvalho.
O principal suspeito pela execução é um ex-companheiro da mulher de 28 anos, segundo informações preliminares da Polícia Civil.
Em nota, a empresa em que o motorista e o cobrador trabalham, CS Brasil, diz lamentar o ocorrido e informa que irá colaborar com as investigações.